Estamos de volta depois de algum tempo, com muitas histórias para
contar e já acabando este incrível mês de abril e seus feriados inesquecíveis. Estamos de
volta com as Maravilhosidades e aos poucos, as críticas dos filmes e séries
mais relevantes. Sem mais delongas, segue nossa lista incrível para começar Maio do jeito certo - com feriado na segunda-feira!!
Ex-Machina: instinto artificial (2014, de Alex Garland) – 108 minutos |
Três atores dominam toda a trama.
Um programador, Caleb (Domhnall Gleeson, um dos melhores atores do momento - guarde esse nome), é convidado para um projeto
experimental com Nathan (Oscar Isaac), uma grande figura do mundo tecnológico.
A experiência se passará na casa deste líder e se dará em torno da interação
com Ava (Alicia Vikander), um robô de feições femininas, para avaliar suas
qualidades humanas. A partir disso, muita coisa vai acontecer e encontraremos
muitas outras relações com humanidades e desumanidades neste tenso suspense.
Não é terror, não se engane, mas é
impressionante a capacidade que o filme tem em nos prender a cada segundo, com
tantas restrições: um mesmo cenário, os mesmos brilhantes atores. Conhecido por
filmes tensos, Alex Garland foi indicado ao Oscar de melhor diretor por esse
filme, que levou outros 64 prêmios, inclusive a estatueta de melhores Efeitos
Visuais.
Nebraska (2013, de Alexander Payne) – 115 minutos |
Se você busca uma experiência
estética em um filme simples e direto, te apresento Nebraska. Rodado em preto e
branco, com uma fotografia linda e limpa, grandes enquadramentos, o
drama/comédia está centrado na vida de Woody Grant (Bruce Dern) que decide buscar um prêmio de revista de um milhão de
dólares em Nebraska. Seu filho David (Will
Forte), entendendo a estranheza da situação, tenta convencer o pai a
desistir da ideia e, encontrando resistência, se junta a ele nesta viagem. Com
um humor ácido e duro, o filme não é uma comédia de gargalhadas, mas os
diálogos impressionam em inteligência e sarcasmo. O diretor é conhecido por
isso, por filmes humanos e brilhantes, que intercarlam personagens de grandes
corações e aqueles outros que infelizmente encontramos na vida real. Os Descendentes (2011), Sideways (2004) e As Confissões de Schmidt (2002) são outros filmes do diretor.
Minimalism – a documentary about the important things (2015, de Matt D’Avella) – 79 minutos |
Podemos viver com menos? Tudo o
que temos, todas as nossas coisas, são fundamentais, imprescindíveis em nossas
vidas? Joshua Millburn e Ryan Nicodemus são amigos de longa data que, após
conquistarem as carreiras dos sonhos e terem tudo o que queriam, viram que não
precisavam de tanto, que esse querer tudo causava mais angústia e vazio do que satisfação
e felicidade. Eles mudaram seus hábitos e isso resultou em um livro sobre uma
forma de viver mais simples. Contando assim, parece pouco e óbvio, mas o filme
traz este e outros exemplos, alternativas ao ritmo de vida e consumo a que
todos, ou quase todos, estamos acostumados. Vale a experiência.
Um lugar chamado Notting Hill (1999, de Roger Michell) – 124 minutos |
Julia Roberts e Hugh Grant
em uma comédia fofíssima na saída dos anos 90 é tudo o que precisamos neste
feriado. Muito provavelmente os viciados em comédias românticas já passaram por
aqui, mas é um filme leve, bobo e divertido, que dá pra rever sem sacrifícios.
Comédia inglesa, Anna Scott (Roberts)é uma grande atriz que vai fazer um filme
em Londres e se depara com William Thacker (Grant), um livreiro que mora e trabalha
em Notting Hill. Os encontros e desencontros com atores ótimos, grande trilha
sonora, bom timming para comédia e uma certeza de que tudo acabará bem pode ser
o que você precisa para um fim de semana tranquilo e alegre.
13 reasons why (2017, de Brian Yorkey) – 60 minutos/eps - 13 episódios |
A ideia é sempre ter uma série
para indicar e esta 13 reasons why,
ganha créditos muito por conta de sua polêmica. Hannah Baker (Katherine Langford) é uma garota de 16 anos se
suicida e antes disso, grava fitas cassete com seus motivos para o ato. As
razões, ela diz, são as atitudes que as pessoas de seu entorno tiveram, que
contribuíram para o trágico desfecho. Clay Jensen (Dylan Minnette) é um de seus melhores amigos que acaba de receber em casa a série de fitas e se vê obrigado a ouvi-las. A série trata de bullying, em resumo, de
depressão, transversalmente e das relações pessoais neste momento de formação da personalidade. Aí há envolvimento
familiar, escola, educação, amizades e amores. A grande questão do suicídio
adolescente é posta à prova e a série prende o espectador, mas não é a última
novidade em termos estéticos ou narrativos. Vale assistir entendendo,
inclusive, que poderia ter menos episódios, que algumas histórias poderiam ser
condensadas, mas tudo faz parte do jogo. A dica aqui é que se assista a alguns episódios
e veja se interessa. A parte boa é que talvez te remeta às suas próprias
histórias quando adolescente. Talvez para o público estadunidense seja mais
impressionante, já que o bullying lá é muito mais agressivo. Em breve sairá aqui sua crítica completa.
1 Comentários
Gente, como eu odeio essa sessão de comentários do blogger. Toda vez eu clico em sair em vez de publicar, perco tudo que eu escrevi... Vamos lá, o comentário: parte 02.
ResponderExcluirAcho que, pela primeira vez, assisti mais do que metade das recomendações. Amei de paixão Ex-Machina e gostei muito de Nebraska. Inclusive, no Start Writing Fiction tem uns comentários em áudio de um tal de Alex Garland, será que é o mesmo que dirigiu Ex-Machina?!
Tenho altos traumas de pré-adolescência com Notting Hill aí não consigo gostar... tentei rever faz uns dois meses, porque eu vi que tinha na Netflix e Fábio tinha reassistido e tava falando como era ótimo. Não adiantou dar uma segunda change... O filme está associado à momentos ruins hahahahaha... E olha que eu amo basicamente tudo que Hugh Grant e Julia Roberts fazem.
Já coloquei Minimalism em minha lista. Vou tentar assistir ainda hoje. Fiquei interessada.
Tô querendo ver 13 reasons why desde que você comentou comigo pela primeira vez, mas fico sem querer me comprometer com séries por estes tempos porque sempre acaba prejudicando meu ritmo de leituras (que já é normalmente entre Larghetto e Adagio hahahaha)...
Enfim, como sempre, excelentes recomendações e, como sempre, a maneira que você descreve os filmes/séries despertam minha curiosidade e interesse. E, por sorte, dessa vez, as duas indicações que eu não vi têm na Netflix daqui! U-huuu